As Marchas Populares são uma tradição antiga da cidade de Lisboa e despertam nos residentes a mais pura e tradicional cultura de bairro.
A marcha mais original, a melhor música, a melhor coreografia ou cenografia, a letra mais original são temas para discutir acaloradamente nos meses seguintes entre bairros rivais.
Todos os anos, na noite de 12 de junho, os diferentes bairros da cidade descem uma das avenidas mais emblemáticas de Lisboa, a Avenida da Liberdade, num desfile que espelha o trabalho dedicado e intenso das coletividades e dos bairros populares da cidade.
São mais de 20, as marchas que entram em competição e cujas letras, música, traje, coreografia e prestação global serão avaliados pelo júri.
Esta noite também é marcada por uma grande festa, arraiais e bailes e pelo cheiro a sardinha assada e a manjerico que invade toda a cidade. Uma festa tipicamente lisboeta, que todos os anos atrai milhares de pessoas às ruas da cidade, e que só termina de madrugada.
As Marchas Populares tiveram início em 1932 e as comemorações dos Santos Populares, no âmbito das Festas de Lisboa, estão classificadas no ranking dos 50 melhores festivais europeu.
Alinhamento:
Dança de Dragão
Marcha Infantil das Escolas de Lisboa
Marcha Infantil “A Voz do Operário”
Marcha dos Mercados
Marcha Santa Casa
Marcha dos Olivais
Marcha de Alfama
Marcha da Baixa
Marcha de Santa Engrácia
Marcha de Carnide
Marcha do Castelo
Marcha da Bela Flor-Campolide
Marcha de Alcântara
Marcha da Bica
Marcha da Madragoa
Marcha de São Vicente
Marcha do Bairro da Boavista
Marcha do Bairro Alto
Marcha da Graça
Marcha do Alto do Pina
Marcha de Belém
Marcha de Marvila
Marcha da Penha de França
Marcha da Mouraria
Marcha do Lumiar
Esta é uma das mais antigas e crescentes tradições da cidade de Lisboa (às marchas juntaram-se, em 1958, os casamentos de Santo António). Porém, em Lisboa já se realizavam marchas desde o século XVIII.
A Fadista Amália Rodrigues foi, desde o primeiro momento, marchante na então Marcha de Alcântara.
Em 1940 saíram à rua, mais importantes que nunca, na comemoração de um duplo centenário, da Fundação do Estado Português (1140) e da Restauração da Independência (1640).