Mel Lisboa - Tributo a Rita Lee
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Teatro Municipal Joaquim Benite, Avenida Professor Egas Moniz, Almada, Portugal
‘Desviando-se’ das grandes peças de maturidade (que já visitou todas), Peter Stein vira-se agora para os curtos (e despretensiosos) ensaios dramáticos juvenis de Tchecov, escritos numa época em que o dramaturgo publicava abundantemente vários contos em jornais e revistas — textos que lhe valeram a primeira notoriedade no meio literário. O monólogo Dos malefícios do tabaco data de 1886 (e teve várias revisões até à versão final, de 1902) e surgiu primeiro na Gazeta de Petersburgo, em Fevereiro desse ano. Foi pela primeira vez levado à cena em 1901, em Kolomna (Rússia). A farsa O urso data de 1888, tendo a estreia — em Outubro desse ano, em Moscovo — quase coincidido com a atribuição ao autor do Prémio Pushkin, por uma colectânea de contos. Menos de seis meses depois, nova farsa estreava em São Petersburgo: O pedido de casamento (1889), num ano marcado pela morte — de tuberculose, de que Tchecov já então padecia — do irmão mais velho do escritor, Nikolai. Segundo Stein, estas peças são devedoras da comédia francesa e do vaudeville — plenas de sarcasmo, comicidade, mordacidade e absurdo.
Peter Stein (Berlim, 1937) é um dos ‘monstros sagrados’ do teatro internacional. Como encenador de teatro e de ópera, marcou o último meio século nos palcos europeus com trabalhos de absoluta referência. Ficou célebre o período de 15 anos em que dirigiu a Schaubühne de Berlim (1970-85), assim como os seis anos (1991-97) em que dirigiu a secção teatral do Festival de Salzburgo. Recebeu o Prémio Europa de Teatro em 2011, a Medalha Goethe de Ouro em 2001 e o Prémio Erasmo em 1993, entre muitas outras distinções. Na última década tem trazido as suas criações ao Festival de Almada, onde em 2015 dirigiu o curso de formação O sentido dos Mestres.