Mel Lisboa - Tributo a Rita Lee
- Distrito de Lisboa
- | Concelho: Lisboa
21 de Janeiro a 22 de Janeiro
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Teatro Municipal Joaquim Benite, Avenida Professor Egas Moniz, Almada, Portugal
O cenário é uma casa em progressiva ruína (e em derrocada), espelho da relação do casal que vemos no palco, também povoado de músicos. A banda sonora é feita de Lieder de Schumann, epítomes de romantismo, melancolia, perda, e de fragmento, mas também da música que tudo sublima e redime, inclusive o amor. Na esteira de Christoph Marthaler (vide o seu Winch Only, de 2006), Samuel Achache cria um teatro musical que é música teatral, de tal modo funde e faz comunicar os dois modos de expressão, juntando-lhes doses sadias de vaudeville, cabaret, burlesco e absurdo. O título da peça provém da expressão ‘sans tambour ni trompette’, designativa de um exército em retirada, após derrota no campo de batalha – aludindo à conclusão melancólica e cabisbaixa das relações amorosas. Sans tambour estreou a 1/6/2022 no Teatro Nacional de Nice, e tem percorrido vários palcos franceses desde então, com passagem pelo Festival d’Avignon.
Samuel Achache (n. 1981) vem explorando novas configurações do teatro musical, em peças como Le crocodile trompeur/Didon et Énée (2013, Prémio Molière 2014), Fugue (2015), Orfeo. Je suis mort en Arcadie (2017) e La chute de la maison (2017), em co-criação com Jeanne Candel e o colectivo La Vie Brève (excepto em Fugue). E, mais recentemente, em Songs (2019), Concerto contre piano et orchestre (2021), Sans tambour e Musiques non-écrites (2024). Prepara uma ópera para a Opéra de Lorraine (Nancy). Detentor de uma sólida formação musical, Achache costuma dizer que não se teria tornado encenador, se não fosse a sua cultura musical.