Há mais de 20 anos acontece no bairro do Chiado, no centro de Lisboa, a Feira dos Alfarrabistas. Uma feira com uma coleção vasta de livros antigos, bandas desenhas, postais, ilustrações e mapas.
A feira acontece na Rua Anchieta, no Chiado, uma travessa da Rua Garrett próximo da livraria Bertrand e da Basílica de Nossa Senhora dos Mártires. Todos os sábados, a partir das 10 da manhã até às 5 da tarde.
Metro: Estação Chiado (Linhas Azul e Verde)
Elétrico: 24E e 28E
Autocarro: 22B, 202, 75B
Tudo começou na Rua do Carmo, por iniciativa de um grupo de alfarrabistas e da Junta de Freguesia dos Mártires. Na mira desta dupla de interesses, estava abrir um espaço que “mexesse” culturalmente com o Chiado, o reavivasse. E reavivasse o comércio, todo ele, naturalmente.
Este não era um projecto para a eternidade. “Era para ser provisório, temporário”, como recorda, em conversa com a Lusa, Rui Martiniano, poeta e editor (ele diz que sim, mas “no passado”, agora não, agora é apenas alfarrabista).
“A experiência – conta – resultou. Chegámos à conclusão de que Lisboa precisa de uma coisa destas”. De resto, à semelhança do que se fazia, e ainda faz, lá fora. Já aqui ao lado, em Espanha, por exemplo.
A Rua do Carmo, a do lançamento do projecto, mostrou-se à altura do que se lhe pedia. O espaço era bom, havia movimento, animação, a rua tinha aos sábados uma pulsação festiva. E os livros “saíam” bem.
Durante mais ou menos um ano, foi assim, tudo na produtiva paz de entre Chiado e Rossio. Mas, a um e a outro comerciantes da zona, aquela presença desusada, algo inquieta, desagradou. Disseram-se lesados, invocaram quebras no negócio. Tê-los-ão tido realmente? Rui Martiniano pensa que eles, os queixosos, não tiveram paciência para esperar e ver. E acredita que acabariam por colher mais benefício do que dano da presença dos alfarrabistas.
Essas queixas e o facto de a Rua do Carmo não ficar sob a “alçada” da Junta de Freguesia dos Mártires ditaram a retirada da Feira. Para cima, para a mais tranquila transversal da Rua Garrett.
Houve, há meses, porque a Anchieta esteve “em obras”, uma segunda retirada, para o Largo do São Carlos. Por pouco tempo. Hoje, a todos parece evidente que a Feira, se continuar, é ali, entre uma igreja (dos Mártires) e uma livraria (Bertrand), que há-de ficar.
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